Das quatro fabricantes de carros de luxo que terão fábrica no Brasil até 2016 – a da BMW, em Araquari (SC), foi inaugurada nesta semana –, todas contarão com utilitários-esportivos em suas linhas de produtos. “Esses modelos caíram no gosto do brasileiro”, justifica o gerente de marketing da Mercedes-Benz, Dirlei Dias. “Isso ocorre desde o ‘boom’ dos compactos, iniciado pelo Ford EcoSport (lançado em 2003)”, afirma.
Antes mesmo da nacionalização dos “jipinhos”, os utilitários já vinham dominando o cronograma de estreias dessas marcas. Acaba de chegar às autorizadas Mercedes-Benz o GLA, que em 2016 será feito na fábrica que está sendo construída em Iracemápolis, no interior do Estado de São Paulo. São três versões, todas com motor 1.6 turbo a gasolina de 156 cv.
A BMW vai levar ao Salão de São Paulo, a partir de 30 de outubro, o X4, uma espécie de “mini-X6”. O alemão abusa das linhas esportivas, mas aposta em um pacote menos imponente que o de seu “irmão” maior.
O X6, aliás, também passou por renovação visual e deve chegar ao País até o final deste ano. O jipão ganhou linhas parecidas com as do X5, mas mantém os motores de seis e oito cilindros com até 450 cv.
A Land Rover, cuja fábrica em Itatiaia (RJ) será inaugurada em 2016, começou a trazer a versão a diesel do Evoque, com motor 2.2 de 190 cv. E levará o Discovery Sport, sucessor do Freelander, ao Salão do Automóvel – o início das vendas está previsto para o primeiro semestre de 2015.
O modelo, que será importado da Inglaterra, é o mais cotado da marca para ser fabricado no Brasil.
Carro-chefe. De acordo com Dias, a filial brasileira da Mercedes projeta alta de 15% ao ano, até 2020, para os utilitários-esportivos. É o triplo do estimado para o segmento de sedãs e hatches, por exemplo.
No caso da Audi, os jipes representam 35% de todas as vendas e o Q3, outro futuro nacional, é o mais emplacado no País. De janeiro a setembro, foram 2.761 unidades, segundo a rave, federação que reúne associações de concessionárias.
Fonte: O Estado de S. Paulo – Jornal do Carro